Itabuna investe em geoprocessamento para melhorar serviços públicos
A Prefeitura de Itabuna está investindo em um sistema que vai reunir todas as informações sobre o município. O geoprocessamento terá uma base de dados montada a partir de fotografias e mapas da cidade, com informações de todas as secretarias, Emasa, Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania e Fundação Marimbeta e visa melhorar os serviços públicos fornecidos à população.
O banco de dados vai ajudar a melhorar a qualidade dos serviços em áreas como saúde, educação, desenvolvimento social e mobilidade urbana. De acordo com técnicos da Secretaria de Planejamento e Tecnologia, o geoprocessamento vai facilitar o planejamento das ações do governo municipal, possibilitando, por exemplo, o recadastramento imobiliário, a execução mais ordenada das obras, a melhoria do funcionamento das unidades básicas de saúde e a execução de programas sociais.
O geoprocessamento é um instrumento moderno, baseado em tecnologia da informação e qualificação pessoal para operar um sistema que vai sendo construído ao longo tempo para melhorar as ações governamentais. O sistema chegou a ser tentado no passado, mas as ações não se concretizaram. O secretário de Planejamento e Tecnologia, Wenceslau Júnior, diz que agora a aquisição do sistema informatizado está garantida e que neste primeiro momento a prioridade do governo será o recadastramento imobiliário geoprocessado.
O secretário afirma que haverá rapidez na gestão pública e na prestação de serviços, já que com apenas um toque na máquina, será possível lançar o endereço de determinado imóvel, em qualquer região ou área da cidade, e se saber toda a situação referente na administração pública. Além de melhorar os serviços para a população, o sistema vai ajudar a aperfeiçoar a arrecadação tributária do município. “É uma ferramenta que ajudará a acabar com as distorções e regularizar o IPTU, além de combater as ligações clandestinas de água”, diz Wenceslau Júnior.
O diretor de Tecnologia da Informação da Seplantec, Marcelo Andrade, afirma que o sistema será muito importante nas decisões para a elaboração de projetos futuros, a exemplo do combate à dengue. “Entre as vantagens está o mapeamento da quantidade de casos de dengue em um determinado ano e local. Isso vai facilitar as ações para eliminar os criadouros do mosquito transmissor da doença”, exemplificou.
Além de montar o sistema, a Conquista Tecnologia será responsável pelo acompanhamento do uso da tecnologia e treinamento de servidores para utilização do programa. Os dados sobre o município começam a ser inseridos no sistema nos próximos meses, assim que esteja concluído o treinamento. Primeiro, serão incluídas as informações dos mais de 60 mil cadastros de imóveis.
Ao adquirir a tecnologia, a Prefeitura facilitará aos seus técnicos desenvolvê-la, aperfeiçoando-a, como ocorre com o software livre. Segundo o secretário Wenceslau Júnior, a forma de contratação foi mais econômica para o município. A tecnologia custará R$ 48.300 mensais. Os servidores de todos os setores estiveram reunidos na quarta-feira para os primeiros contatos com o programa.
O diretor sócio da Conquista Tecnologia, Luiz Queiroz, destaca que no sistema de geoprocessamento será incluída a base cartográfica do município, transformando-a em formato digital. Isso vai permitir que o município tenha um melhor planejamento e uso dos dados hoje disponíveis. “Estamos fazendo uma transferência de tecnologia. Tudo que for produzido do ponto de vista de desenvolvimento e das aplicações serão incorporados ao patrimônio do município”, explica.